Mais um caminho que começou. Ja tinha saudades deste caminho. Desta vez, o eleito foi o caminho português. A escolha na verdade, foi uma escolha de recurso. Inicialmente ia fazer o caminho primitivo com o Daniel e o Paulo. Há cerca de um mês e pouco, numa brincadeira domingueira fiz uma lesão muscular e isso quase deitou por terra as ambições de regressar ao caminho. No ano passado não tinha feito nenhum e assim, arriscava a estar 2 anos sem por pés ou bicicleta ao caminho.
A recuperação da lesão foi lenta, mas aos poucos começou a surgir a vontade de aproveitar os dias de férias entretanto ja marcados para fazer um caminho menos longo e menos exigente que o primitivo. Resolvemos então fazer o Português. Para o Paulo Monteiro seria a estreia nos caminhos de Santiago, para o Daniel seria o regresso aos caminhos após 3 anos ausente e para mim seria um desafio voltar ao caminho com treinos e preparação quase nula.
Partida de Gondomar sozinho em direção ao freixo onde encontrei o Daniel e depois seguimos até a sé do Porto onde encontramos o Paulo e o Joaquim-este ia acompanhar-nos durante 45kms.
Depois das fotos da praxe, iniciamos o caminho as 8.15 e seguimos as setas amarelas em direção a saida da Cidade.
Que sensação fantástica é seguir novamente as setas amarelas!
Encontramos ainda nas Guardeiras o Peixoto que também se ia juntar a nós durante uns km até à primeira paragem no café em Vairão.
Após o pequeno almoço, os dois companheiros Joaquim e Peixoto regressaram ao Porto e nós continuamos a nossa jornada.
Paramos na ponte do Zameiro e depois tivemos a primeira subidita do dia pra começar a aquecer...um dia que já estava quente. ..muito quente.
Começamos a entrar em alguns trilhos de empedrado e de terra e assim já estavamos em pleno caminho.
Paramos para almoçar uns belos rojões num sítio ja conhecido por nós na Pedra Furada onde aproveitamos para recuperar forças e repor liquidos. Estava um calor infernal e aquela pausa embora cedo, veio mesmo a calhar.
Após o almoço tranquilo seguimos caminho até Barcelos onde voltamos a parar para beber e comer um gelado. O calor intenso não abrandava e por isso era preciso parar mais vezes.
Depois de Barcelos seguimos em direção a Ponte de Lima ja com algumas valentes subidas e muito empedrado irregular. O Paulo começou a ressentir se das costas e eu e o Daniel estavamos mais aflitos com o rabo... o meu rabo é muito sensível e por mais preparação de bike que tenha, queixa-se sempre.
Por volta dos 80km tive a primeira cãibra e a segunda apareceu quando faltavam 3km pra chegar a Ponte de Lima.
Os últimos 20 km foram um autêntico massacre e chegamos a Ponte de Lima por volta das 18.30.
O meu conta km marcava 100km, desde a saída de casa.
Fizemos o registo no albergue e depois de um banho fomos jantar e regressamos as 22h, hora limite para entrar.
Vamos lá descansar que amanhã temos a segunda parte!
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